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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Um livro que desmascara Ratzinger

Há mais livros a respeito, mas este calhou de cair sob meus olhos e, por isso, e porque o blog é meu, resolvi traduzir estes dois textos de 2015 que, espero, tirem as mortadelas dos olhos dos que creem piamente que Bento XVI é o verdadeiro papa -  tradicionalíssimo e sacrossanto - forçado a se eclipsar para dar espaço ao malvadão do Francisco... Sic! Abiguinho, ambos servem ao mesmo patrão, à mesma causa. Bento é até pior do que Francisco, justamente por causa das aparências. Eu até sugeriria aos que vivem se digladiando na internet por bobeiras - de lana caprina - que ocupem seu tempo pesquisando as heresias de Ratzinger/Bento XVI, particularmente em sua obra pré-papado. Seria mais útil à Cristandade. Notas em azul, nossas. Comentários, já sabem. Ao texto. 



Ratzinger a olho nu: dissimulado, herético, neo-protestante, destruidor da Doutrina Católica, promotor do Modernismo. 


 
 
1. 1º de agosto de 2015. Mattia Rossi analisa, em “Il Giornale”, o livro de Carlo Di Pietro contra Ratzinger  


Nota de Radio Spada: agradecemos o amigo e colaborador Mattia Rossi pela preciosa e articulada recensão publicada na edição de “Il Giornale” de 31 de julho de 2015, à página 27. Ad maiorem Dei gloriam.   

O outro Ratzinger. Falta (aliás, faltava), no diversificado panorama literário católico, um texto rigoroso e documentado de análise crítica sobre a teologia de Joseph Ratzinger/Bento XVI.


Agora, após um peneiramento da produção interminável do predecessor de Francisco, as Edizioni Radio Spada editaram Joseph Aloisius Ratzinger – L’altra teologia del “papa emerito” [Joseph Aloisius Ratzinger – A outra teologia do “papa emérito”] (pp. 238, euro 18,90), um rico volume do jornalista e escritor Carlo Di Pietro. O autor, oriundo de Potenza (Itália), e uma das assinaturas mais proliferas do tradicionalismo católico ativas na web, depois de passar pelo seminário, foi um dos fundadores do blog “Pontifex”, o site católico tradicionalista que alcançou os holofotes nas crônicas nacionais [italianas] em 2013 por ter sido alvo de um ataque hacker, por sua posição sobre o homossexualismo, acabando por desaparecer misteriosamente da internet.

O objetivo do livro de Di Pietro é notável: desmontar a teologia de Ratzinger. E isso está claro desde o título do volume que, talvez não por acaso, abraça toda a parábola ratzingeriana. Joseph Ratzinger, de fato, conhecido pela maioria apenas nas vestes do Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e braço direito de João Paulo II, e depois eleito ele mesmo papa, foi também uma das mentes proeminentes, nos anos Sessenta, no Concílio Vaticano II. Por entre as naves de São Pedro, Ratzinger militou nas fileiras dos progressistas, isto é, entre aqueles pensadores de formação “renana” [referência ao Reno, na Alemanha, onde se situam as universidades "católicas" que promoveram a revolução dentro da Igreja através do CVII], bastante inclinados a dar uma guinada modernista (que, depois, teve êxito) à reunião convocada por João XXIII

De jovem teólogo no Concílio, portanto, até a ser “papa emérito”; palavras colocadas, porém, entre aspas. Porque? Simplesmente porque o “papado emérito”, de um ponto de vista canônico e metafísico, não existe, é uma invenção de Ratzinger. A última inovação de Bento XVI. Eis aqui, é justamente disto que trata o contrarrevolucionário livro de Carlo Di Pietro: “Rechaçar, ou ao menos tentar fazê-lo, muitas das afirmações sustentadas por Ratzinger” e demonstrar como, apesar de o conservadorismo eclesial procurar pintá-lo como o custódio da Tradição, nada mais fez do que campear as novas doutrinas emanadas pelo Vaticano II. Uma empreitada árdua? Sim, escreve Di Pietro. Notável parte cabe, entre os outros, à nova doutrina pan-religiosa pela qual todas as fés são iguais. Algum exemplo: da estima de Ratzinger pelo Islão àquela pelo Hinduísmo, do louvor aos protestantes à não condenação do Modernismo, da salvação também para os pagão à condenação do Concílio de Trento

Fonte 1: “Il Giornale” - http://www.ilgiornale.it/news/ecco-saggio-che-smonta-ratzinger-tradizionalista-1157114.html
Para informações sobre o livro (em italiano) e como adquiri-lo: www.edizioniradiospada.com
Fonte 2: https://www.radiospada.org/2015/08/mattia-rossi-recensisce-su-il-giornale-il-libro-di-carlo-di-pietro-contro-ratzinger.  
Tradução: Giulia d’Amore.  


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2. 23 de outubro de 2015. [ED. RADIO SPADA] J. Ratzinger, o livro de C. Di Pietro analisado por Daniele Di Geronimo 

“Se o novo contradiz o tradicional, há um problema, e o problema é o novo”.

Com estas palavras se pode resumir a certeira, precisa e pontual última fadiga de Carlo Di Pietro, para as Edizioni Radio Spada, com o título Joseph Aloisius Ratzinger. L’altra teologia del “papa emerito”. E é um livro riquíssimo em citações, como se verifica claramente do título, retiradas dos escritos e declarações de Joseph Ratzinger.

Um livro que parte de uma constatação: no magistério eclesiástico, otimamente resumido e proposto por Ratzinger (paladino de muitos que são, com desprezo, chamados “tradicionalistas”), há novidades respeito ao Magistério que, até determinado período de história da Igreja, foram custodiadas e propostas. Quem, como a grande maioria dos fiéis (legitimamente e sem culpas), ignora muitas questões teológicas, se encontra diante desta discrepância, tem dois caminhos a seguir: ignorá-la ou enfrenta-la.

A primeira solução é aquela seguida pela maioria, inclusive do clero. Quem, como herético, para seguir a própria heresia, quem por outros motivos que de qualquer maneira ignoram a verdade do problema. É preciso, portanto, admitir, como escreve Carlo Di Pietro, que um problema há. Porque, seja por rigor de lógica, mas também por rigor de doutrina católica, as divergências não podem existir, e, como conclui Carlo Di Pietro, se existem, o problema é do novo, não do velho. Hoje, ao contrário, se insinua que o problema seja o velho, que é preciso rejeitar, renegar, superar, atualizar, modificar ou adaptar em nome do novo que, se diz e se crê, é bom justamente porque novo, independente do aspecto específico. 

Também quem não é um expert em teologia, dogmática ou liturgia – como também quem está escrevendo aqui – não pode ignorar a oposição entre duas teologias, entre dois magistérios, entre os dois ensinamentos. A posição católica, por coerência, é aquela que segue aquele fio que parte de Jesus Cristo e chega onde chega. Não é possível nem admissível, como ao contrário há quem o sustenta, colocar entre parênteses nem ao menos um iota da história e da Fé da Igreja

Este livro não enfrenta uma questão de lã de cabra [expressão italiana que deriva do latim – “de lana caprina” – e é usada para evidenciar a inutilidade de falar de determinada coisa, ou seja, de cavilar, discutir sobre algo inútil, banal, supérfluo e que só causa fadiga mental. Utilizada pelo poeta romano Horácio, nas suas Epístolas (“Alter rixatur de lana saepe caprina” – Ep. I, 18,15), quando debochava dos desocupados que discutem inutilidades como se fossem grandes teorias, coisas tão estúpidas comparáveis justamente à lã de cabra, um material que não tinha muito valor à época], mas um dos tantos aspectos importantes da vida eclesial contemporânea. Vida marcada por numerosas rupturas, muitas das quais se reportam à modernista (portanto, herética), divisão entre “progressistas” e “tradicionalistas”, com diferentes pesos mediáticos que evitam qualquer possibilidade de um confronto équo, e que leva aos heréticos interesses de fragmentar a Igreja para que perca seu caráter próprio de ser Uma, para se tornar múltipla, diversa, para uso, consumo e credo de cada indivíduo. 

O livro é dirigido a todos, e o Autor pede fortemente para ser desmentido, nos fatos, e não nos preconceitos e na conversa fiada. Mas seus temores são outros: ou seja, o de ser ignorado, seja por quem em Ratzinger viu um inimigo para derrubar, seja por que em Ratzinger viu um paladino da restauração católica. Restauração que, porém, nos fatos, ainda que admitindo que aquela tivesse sido a intenção, não ocorreu. Eis que, então, o livro se dirige a todos os que, de boa vontade, intelectualmente honestos e livres de todo compromisso ou subserviência ideológica, queiram entender.

O livro ajuda a entender e a se questionar. As respostas que Carlo Di Pietro dá não são as suas, mas aquelas que, em toda latitude e em todo tempo, a Igreja repetiu [Preciso reafirmar que é isso que o Pale Ideas faz também. Aqui, ninguém é opinólogo em se tratando de Doutrina, repetimos o que a Igreja ensina]. É este já é um grande mérito a ser-lhe reconhecido, porque não age como inovador ou criador de verdades que, enquanto criadas, deixam o tempo que encontram (isto é, nulo), mas empresta sua pena e seu intelecto ao serviço de uma Verdade que precede cada um de nós, e a ela serve simplesmente de megafone. Esperemos que haja quem queira ouvi-lo. 


Fonte 1: http://latina.biz/se-il-nuovo-contraddice-il-tradizionale/30/07/2015/6240.html
Fonte 2: https://www.radiospada.org/2015/10/ed-radio-spada-j-ratzinger-il-libro-di-c-di-pietro-recensito-da-d-di-geronimo.
Tradução: Giulia d’Amore.  

       

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