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domingo, 8 de junho de 2014

Sobre a promessa de assistência do Espírito Santo à Igreja

"Como se hão de cumprir, nesta idade cabalística, as promessas de assistência do Divino Espírito à Igreja e como se há de verificar o portae inferi non prevalebunt, as portas do inferno não prevalecerão, não cabe na mente humana. Mas assim como a Igreja começou sendo uma semente pequeníssima, e se fez árvore e árvore frondosa, assim pode reduzir-se em sua frondosidade e ter uma realidade muito mais modesta. Sabemos que o mysterium iniquitatis já está trabalhando; mas não sabemos os limites de seu poder. Entretanto, não há dificuldade em admitir que a Igreja da publicidade possa ser conquistada pelo inimigo e transformar-se de Igreja Católica em Igreja gnóstica. Pode haver duas Igrejas, uma a da publicidade, Igreja magnificada na propaganda, com bispos, sacerdotes e teólogos publicitados, e ainda com um Pontífice de atitudes ambíguas; e outra, Igreja do silêncio, com um Papa fiel a Jesus Cristo em seu ensinamento e com alguns sacerdotes, bispos e fiéis que lhe sejam leais, espalhados como "pusillus grex" por toda a terra. Esta segunda seria a Igreja das promessas, e não aquela primeira, que pudesse desertar. Um mesmo Papa presidiria ambas Igrejas, que aparente e exteriormente não seriam senão uma. O Papa, com suas atitudes ambíguas, daria ensejo para manter o equívoco. Porque, por um lado, professando uma doutrina inatacável, seria líder da Igreja das Promessas. Por outro lado, produzindo fatos equívocos e até reprováveis, apareceria como alentando a subversão e mantendo a Igreja gnóstica da Publicidade.

A eclesiologia não estudou suficientemente a possibilidade de uma hipótese como a que aqui propomos. Mas pensando bem, a Promessa de Assistência à Igreja se reduz a uma Assistência que impeça o erro de se introduzir na Cátedra Romana e na própria Igreja, e além disso que a Igreja não desapareça nem seja destruída por seus inimigos.

Nenhum dos aspectos dessa hipótese que aqui se propõe fica invalidado pelas promessas consignadas em diferentes lugares do Evangelho. Pelo contrário, ambas hipóteses ganham verossimilhança se se levam em conta as passagens escriturais que se referem à deserção da fé. Essa deserção, que será total, terá que coincidir com a perseverança da Igreja até o fim. Disse o Senhor no Evangelho: "Mas quando vier o Filho do Homem, encontrará fé sobre a terra?"

São Paulo chama apostasia universal a essa deserção da fé, que há de coincidir com a manifestação do "homem da iniquidade, do filho da perdição".

E essa apostasia universal é a secularização ou ateização total da vida pública e privada que está a caminho no mundo atual.

A única alternativa ao Anticristo será Cristo, que o dissolverá com o sopro de sua boca. Cristo cumprirá então o ato final de libertar a História. O homem não ficará alienado sob o iníquo. Mas não está anunciado que Cristo salvará a multidão. Salvará sim a sua Igreja, "pusillus grex", rebanho pequeno, a quem o Pai se comprazeu em dar o Reino."

Pe. Julio Meinvielle, De la Cábala al Progresismo - Spem in Alium - 29/05/2014 


 
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