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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

DOIS COMUNICADOS BEM DISTINTOS

Dois comunicados diferentes a respeito da "beatificação" de Giovanni Battista Montini - Paulo VI - por Francisco, para fechar com "chaves de ouro" o escandaloso Sínodo da Destruição da Família, que tentou mudar a doutrina da Igreja para franquear o acesso ao Sacramento da Eucaristia aos adúlteros de variados tipos e aos sodomitas. Não foi a primeira vez que Paulo VI rondou os altares da igreja conciliar, na era de Bento XVI  tentou-se, mas os tempos ainda não estavam maduros. A respeito de Paulo VI, vale a pena ler o que escreveu o Padre Luigi Villa (PDF). Aqui, já publicamos uma carta de Dom Villa aos Cardeais, reunidos para discutir o processo de beatificação de Montini, alertando.

Vamos aos comunicados: primeiro da Casa Geral da Neo-FSSPX e, depois, da União Sacerdotal Marcel Lefebvre (a verdadeira FSSPX).



Comunicado da Casa Geral da Fraternidade São Pio X sobre a beatificação do Papa Paulo VI


Após o Sínodo Extraordinário sobre a família, no domingo 19 de outubro de 2014, o Papa Francisco realizará a beatificação do Papa Paulo VI. A Fraternidade Sacerdotal São Pio X expressa as mais sérias reservas sobre as beatificações e canonizações dos papas recentes, cujo processo acelerado deixa de lado a sabedoria das antigas regras da Igreja.

É certo que Paulo VI é o papa da encíclica Humanae Vitae[1], que trouxe luz e conforto para as famílias católicas, quando os princípios fundamentais do matrimônio estavam sendo fortemente atacados, tal como foram – escandalosamente – por alguns membros da Sínodo que se está por concluir.

Mas também Paulo VI foi o papa que conduziu o Vaticano II ao seu termo, introduzindo na Igreja um liberalismo doutrinário que se expressa por erros tais como a liberdade religiosa, a colegialidade e o ecumenismo. Seguiu-se daí um distúrbio que ele mesmo reconheceu em 7 dezembro de 1968: “A Igreja está em um momento de inquietude, de autocrítica, diria mesmo de autodestruição. Como se a Igreja estivesse flagelando a si própria”. No ano seguinte, ele admitiu: “Em muitas áreas, o Concilio não nos deu tranquilidade até agora, mas em vez disso suscitou distúrbios e problemas não úteis ao fortalecimento do Reino de Deus na Igreja e nas almas”. E fez este grito de alarme em 29 de junho de 1972 : “A fumaça de Satanás entrou por alguma rachadura no templo de Deus: a dúvida, a incerteza, os problemas, a inquietude, a insatisfação, o confronto nascem a cada dia…” – Mas ele fez apenas uma declaração, sem tomar medidas específicas para impedir essa autodestruição.

Paulo VI foi o papa que, com um propósito ecumênico, impôs a reforma litúrgica da missa e de todos os ritos dos sacramentos. Os Cardeais Ottaviani e Bacci denunciaram a nova Missa como se afastando “dramaticamente, tanto no conjunto como em detalhe, da teologia católica da Missa tal como foi formulada na sessão XXII do Concílio de Trento “ [2]. Além deles, Dom Lefebvre afirmou que a nova missa “impregnada de espírito protestante “, carregava no seu interior “um veneno prejudicial para a fé” [3].

Sob o seu pontificado muitos padres e religiosos foram perseguidos e até mesmo condenados por sua fidelidade à Missa Tridentina. A Fraternidade Sacerdotal São Pio X se lembra com dor da condenação de 1976 infligida a Dom Marcel Lefebvre, declarado suspenso a divinis por sua adesão a esta Missa e por sua recusa categórica das reformas. Foi apenas em 2007 que, pelo Motu Proprio de Bento XVI, reconheceu-se que a Missa Tridentina nunca foi revogada.

Em continuidade com o seu fundador, a Fraternidade Sacerdotal São Pio X renova a sua adesão à a Tradição bimilenar da Igreja, convencidos de que esta fidelidade, longe de ser uma tensão retrógrada, oferece o remédio salutar à autodestruição da Igreja.

Menzingen, 17 outubro de 2014

Fonte: DICI de 17/10/14

[1] 25 de julho de 1968.
[2] Breve exame crítico do Novus Ordo Missae, carta prefácio dos cardeais Ottaviani et Bacci, 3 de setembro de 1969, §1.
[3] Carta aberta aos católicos perplexos.


Fonte: http://www.dici.org/en/documents/comunicado-da-casa-geral-da-fraternidade-so-pio-x-sobre-a-beatificaao-do-papa-paulo-vi-17-out-2014/.  

 

O segundo comunicado, do site France Fidele, traduzido para o espanhol pelo Non Possumus


UNIÃO SACERDOTAL MARCEL LEFEBVRE: COMUNICADO DE 13 DE OUTUBRO DE 2014




O novo beato da igreja conciliar

No Domingo, 19 de Outubro, ao finalizar o Sínodo [de Destruição da] Família, o Papa Francisco procederá à “beatificação” de Paulo VI:

Os sacerdotes da União Sacerdotal Marcel Lefebvre desejam expressar publicamente a sua indignação e reprovação diante deste novo escândalo de Francisco, que é tanto um simulacro quanto uma abominação.

- Um simulacro, porque é claro que a Igreja Católica não pode elevar aos altares os papas que propagaram uma nova religião conduzindo tantas almas à apostasia. O ato de Francisco, em 19 de outubro, será nulo e inválido, assim como foi nulo e inválido o que realizou no último 27 de abril, em que Francisco pretendeu canonizar João XXIII e João Paulo II. Não haverá um “beato Paulo VI” depois de 19 de outubro, como não há “São João XXIII” ou “São João Paulo II” desde 27 de Abril. Trata-se de pseudo-beatificações ou pseudo-canonizações, e os “milagres”, nas “causas” dos “beatos” e “santos” da igreja conciliar, não pode ser mais do que pseudo-milagres.

- Uma abominação aos olhos de Deus, pois Paulo VI restará, infelizmente, na história da Igreja, como o papa da missa nova e do concílio Vaticano II: ele promulgou – ilegitimamente – um rito que “se afasta de maneira impressionante, tanto em seu conjunto como nos detalhes, da teologia católica da Santa Missa
("Breve exame crítico"), ele impôs aos sacerdotes e aos fiéis o que Monsenhor Lefebvre qualificou, em seu sermão de Lille (29 de agosto de 1976), de “missa bastarda”. Ele presidiu três das quatro sessões do Vaticano II e promulgou todos os textos deste concílio, do qual Monsenhor Lefebvre disse que era “o maior desastre” de toda a história da Igreja (Introdução de sua obra “O destronaram”).


Uma traição “gradual”

Foi ao se aproximar este escândalo, e alguns meses depois do escândalo de 27 de abril, que o Superior Geral da [Neo]FSSPX se encontrou com o cardeal Müller, em 23 de setembro, para uma “reunião cordial”. O comunicado do Vaticano explica – sem que Monsenhor Fellay tenha manifestado o seu desacordo [e, MAIS, repetindo praticamente palavra por palavra] – que se acordou (verbo que se refere a “fazer acordo”) a proceder, gradualmente e dentro de um prazo razoável, para superar as dificuldades e alcançar a plena reconciliação desejada. Claramente, nos anunciam uma união gradual com Roma, ou, melhor, uma traição gradual. O perigo é cada vez mais manifesto; devemos rezar instantemente para que os sacerdotes, religiosos, religiosas e fiéis da Tradição que estejam conscientes saibam valentemente tirar as consequências.

Quanto a nós, sacerdotes da União Sacerdotal, queremos, a exemplo de Monsenhor Lefebvre, continuar sem compromissos o bom combate da fé, pela honra de Deus e a salvação das almas. Neste aniversário do grande milagre de Fátima, colocamos a nossa União sob a proteção da Rainha do Santíssimo Rosário, “forte, como um exército em ordem de batalha”.

Fonte: http://nonpossumus-vcr.blogspot.com.br/2014/10/union-sacerdotal-marcel-lefebvre.html.

Traduções: Giulia d'Amore. 

   
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