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quinta-feira, 3 de julho de 2014

3 de Julho: São Leão II, Papa e Confessor

3 DE JULHO

São Leão II

Papa e Confessor



+ Roma, 683. Eloquente pregador, notável por sua caridade para com os pobres e seu amor à música. Confirmou o III Concílio de Constantinopla (VI Concílio da Igreja), sendo elogiado no Liber Pontificalis por suas qualidades naturais e virtudes cristãs.

O Papa Leão II era filho de um médico chamado Paulo e nasceu na Sicília. Os outros poucos dados que há foram extraídos do seu curto período à frente do governo da Igreja de Roma, quase onze meses.

Em 681, ele já estava em Roma, onde exercia a função de esmoler-mor da Igreja. Era um homem extremamente culto, eloquente, professor de ciências, profundo conhecedor de literatura eclesiástica. Além de falar fluentemente o grego e o latim, era especialista em canto e salmodia. Por tudo isso, os historiadores entendem que ele deve ter sido um mestre em alguma escola teológica cristã de seu tempo e sua região.

Foi eleito dias após a morte do Papa Ágato (Agatão). Mas o centro do império, em Constantinopla, opunha-se à sua eleição, por não ter tido tempo suficiente para influenciar na escolha do sucessor ao Pontificado, como seria mais conveniente aos interesses dos bispos do Oriente. Então, em um verdadeiro ato de chantagem, o imperador exigiu uma compensação financeira. As negociações entre Roma e Constantinopla demoraram um ano, até que o imperador desistiu da absurda exigência e o Papa Leão II pôde assumir o governo da Santa Sé, sendo consagrado em 17 de agosto de 682.


Sua primeira providência foi confirmar o VI Concílio Ecumênico (III de Constantinopla). Enalteceu de maneira mais didática os argumentos do seu antecessor, aliviando a tensão que se formara com os bispos do Oriente. 



O Terceiro Concílio de Constantinopla (que foi o Sexto Concílio Ecumênico), realizado nos anos 680-681, na cidade de Constantinopla, definiu que Jesus Cristo tem duas naturezas e duas vontades (divina e humana) e condenou o Monotelismo (do grego monos - uma, thelema - vontade) como sendo herético, assim como o Papa Honório I, por não ter condenado ele mesmo esta heresia
História: No dia 7 de novembro de 680, um pouco menos de 300 bispos se reuniram no palácio imperial, na sala com um domo chamada "Trullo" - de onde o concílio recebeu também o epíteto de "Concílio trulano". Os Patriarcas de Constantinopla e Antioquia participaram em pessoa, enquanto que o Papa e os Patriarcas de Alexandria e Jerusalém foram representados por legados. Em sua sessão inicial, o concílio assumiu a autoridade de um concílio ecumênico. O imperador compareceu e presidiu sobre as primeiras onze sessões e retornou depois para a sessão de encerramento, em 16 de setembro de 681 d.C., onde 174 bispos assinaram as decisões acordadas.

Durante o concílio, foi lida uma carta do Papa Ágato, que explicava a crença tradicional da Igreja de que Cristo tinha duas vontades: divina e humana. O concílio concordou com a carta, proclamando que Pedro falara através de Ágato. Macário de Antioquia defendeu o Monotelismo, mas foi condenado e deposto, assim como todos os seus partidários. O concílio, em acordo com a carta de Ágato, definiu que Jesus Cristo possuia duas energias e duas vontades, mas que as duas vontades não se conflitavam uma com a outra. Ele também condenou tanto o Monoenergismo quanto o Monotelismo como heréticas; a condenação alcançava todos os que tinham ajudado a propagar a heresia, incluindo o Papa Honório I. Quando o concílio terminou, os decretos foram enviados à Roma, onde o sucessor de Ágato, Papa Leão II também concordou com eles e confirmou o anátema de Honório I, a quem considerava como "profana proditione immaculatem fidem subvertare conatus est".

Leão III instituiu a aspersão da água benta nos ritos litúrgicos e sobre o povo. Também conseguiu que a escolha do bispo de Ravena ficasse sujeita à determinação de Roma e não por indicação política, como ocorria na época. E ainda fez valer sua autoridade diante do abuso do poder dos bispos usurpadores dos bens da Igreja.

Zelou pela pureza da fé e dos costumes, dando ele próprio o exemplo, confortando os pobres com vigoroso socorro espiritual e material, por meio de obras de caridade financiadas pela Igreja.

Mandou restaurar a igreja de Santa Bibiana especialmente para acolher as relíquias dos Santos Mártires Simplício, Faustino e Beatriz, que ainda estavam sepultados num campo que antes fora um templo pagão. Além disto, por ter muita devoção pelos soldados mártires São Sebastião e São Jorge, propagou-a entre os fiéis, que passaram a considerá-los padroeiros dos militares.

O papa Leão II morreu no dia 3 de julho de 683, dia de sua memória litúrgica.


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