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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Quando dom Müller revela dom Fellay

Deveis combater o erro mesmo entre os católicos, pois estes têm menos direito – se posso falar de direito – do que os outros de pregar ideias errôneas. Amai os vossos adversários. Rezai por eles, mas não deveis fazer-lhes cumprimentos. É tempo perdido. Não procureis agradar a todos, nem podeis a todos agradar. Procurai agradar a Deus e seus Anjos e Santos: eis o vosso público! São Vianney.

LE POISSON MEURT PAR LA BOUCHE


1. “Segundo Dom Müller, na opinião de alguns luteranos, Martinho Lutero pretendia somente reformar a Igreja e não causar divisão entre os cristãos. Esses luteranos crêem que as reformas necessárias foram realizadas pelo Concílio Vaticano II”¹.
2. Segundo dom Fellay: “Se tem a impressão de que rechaçamos todo o Vaticano II. Contudo, guardamos 95% dele. É mais a um espírito que nos opomos, a uma atitude diante da mudança apresentada como premissa”².
 
3. 2+2=4.

4. Se para os luteranos, após séculos de tentativas, o CVII reformou a Igreja segundo o desejo de Lutero, e se para dom Fellay 95% do CVII é bom, e se dois mais dois continua a ser quatro, temos que dom Fellay pretende, quer, deseja, anseia e move céus e terras para entrar na Igreja... luterana. 

Compreenderam, ou é preciso que eu desenhe? 

O ditado que intitula o post - o peixe morre pela boca - vem bem a calhar porque sempre acabamos nos entregando. Pela boca. Aos poucos os conciliares acabam se revelando e revelando suas maquinações e suas toscas intenções. Certamente, dom Müller deve ter se arrependido de ter "falado demais". Certamente, levou bronca "do patrão". Fato é que falou. E nisso acabou por "revelar", ou desmascarar se preferirem, dom Fellay. Outro peixe tagarela: a boca fala do que o coração está cheio (S. Mat. 12,34b). Se isso - somado a toda uma série de atos e palavras de Sua Excelência - não basta para "acordar" os acordistas... ¿Qué se yo? 

Giulia d'Amore


Lançai fora a ímpia e funesta opinião de que, em qualquer religião, é possível chegar ao caminho da salvação eterna” (Papa Pio XI)
Por duas razões não se deve manter relações com os hereges. Primeiramente, por causa da excomunhão³, pois, sendo excomungados, não se deve ter relações com eles, da mesma maneira que com os outros excomungados. A segunda razão é a heresia. – Em primeiro lugar, por causa do perigo, para que as relações com eles não venham a corromper os outros, segundo aquilo da primeira epístola aos Coríntios (15, 33): ‘As más conversações corrompem os costumes’. E em segundo lugar para que não pareça se prestar algum assentimento às suas doutrinas perversas. Daí dizer-se na segunda epístola canônica de S. João (v. 10): ‘Se alguém vier a vós e não trouxer esta doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis4, pois o que o saúda toma parte em suas más obras. E aqui a Glosa comenta: ‘Já que para isso foi instituída, a palavra demonstra comunhão com esse tal: de outro modo não seria senão simulação, que não deve existir entre cristãos’. Em terceiro e último lugar, para que nossa familiaridade [com eles] não dê aos outros ocasião de errar. Por isso, outra Glosa comenta a respeito dessa passagem da Escritura: ‘E se acaso vós mesmos não vos deixais enganar, outros todavia, vendo vossa familiaridade [com os hereges], podem enganar-se, acreditando que esses tais vos são agradáveis, e assim crer neles’. E uma terceira Glosa acrescenta: ‘Os Apóstolos e seus discípulos usavam de tanta cautela em matéria religiosa que não sofriam sequer a troca de palavras com os que se haviam afastado da verdade’. Entende-se, porém: excetuado o caso de alguém que trata com outro a respeito da salvação, com intuito de salvá-lo”. São Tomás de Aquino: Quaestiones quodlibetales, quodlibeto 10, q. 7, a. 1 (15), c. (Grifos nossos).
A tua perdição, ó Israel, vem de ti. De mim vem apenas teu socorro” (Os. 13, 9).

¹ Fonte, grifos nossos.
² Entrevista ao jornal Suiço “La Liberté”, 11 de maio de 2001. (OPERAÇÃO MEMÓRIA: Eu salvei o texto, antes que 'desapareça' do site da FSSPX.)
³ Engana-se quem crê, às vezes induzido lamentavelmente pelos próprios padres fellayanos, que nós é que fomos excomungados, sendo correto e, portanto, bem vindo (com Te Deum e tudo!!!) o levantamento da excomunhão; os excomungados são eles: a igreja Conciliar, que agora vemos declaradamente luterana. NdA.
4 A única caridade que cabe em casos como este é a nossa desaprovação inequívoca, na esperança de que se convertam. Somos a Igreja do sim, sim, não, não; Não a dos "Ursinhos Carinhosos". São Padre Pio que o diga, pois expulsava do confessionário as almas que não estavam preparadas. E não o fazia com palavras "fraternas"! Ofensa a nós: a outra face. Ofensa a Deus: a espada. Simples assim. NdA. 

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