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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Do esterco de asno e das línguas virulentas

Belíssimo exemplo de retratação. Quem hoje em dia faz isto? Nem mesmo os religiosos, que continuam sendo nossos exemplos. Veja, diante da nobreza de alma do simples fradinho, o  'nobre da ilha de Chipre', por causa da reconciliação dos frades, muda de vida e põe tudo o que é seu a serviço deles!!! Infelizmente, sabemos de fatos que escandalizam mais pelas consequências, tendo em vista que, além de reiteradamente ofender a outros religiosos, ditas pessoas recusam-se a se retratar de fato, que dirá, então, dispor-se a pôr esterco de asno na boca!!! Se bobear, pegariam o esterco para jogar nos outros!!! O que faria hoje aquele 'nobre da ilha de Chipre'? Se colocaria à disposição dos frades... ou fugiria escandalizado? Assim somos nós diante de tanto desrespeito aos sacerdotes por leigos e, pior, por religiosos... Que belo exemplo para as almas que assistem atônitas!!!
Para vossa reflexão...

GdA
DA RETRATAÇÃO
Espelho da Perfeição. Capítulo 51. Como os frades daquele tempo se reconciliavam, quando um perturbava o outro.

Afirmava que, nestes últimos tempos, os frades menores foram enviados (cf. Jd 18; Jo 1,6) pelo Senhor para darem exemplos de luz aos envolvidos pela treva dos pecados. Dizia que [São Francisco] se impregnava de suavíssimos perfumes (cf. Ex 29,18; Jo 12,3) e se ungia da força de um óleo precioso (cf. Mt 26,7), quando ouvia as maravilhas (cf. At 2,11) realiza­das pelos santos frades espalhados pelo mundo.

Uma vez, aconteceu que um frade lançou palavras (cf. Jó 18,2) injuriosas contra outro frade, na presença de um nobre da ilha de Chipre. Quando percebeu que, por isso, seu irmão ficara um pouco ofendido, levado pelo desejo de punir-se, imediatamen­te apanhou esterco de asno, colocou-o na boca e mordeu-o com os dentes, dizendo: “Mastigue esterco a língua que derramou o veneno (cf. Pr 23,32) da raiva no meu irmão!” Vendo isso, o ho­mem, atônito de espanto, foi embora edificado e, desde então, colocou tudo que era seu à disposição dos frades.

Porque todos os frades tinham o costume de, se algum deles dirigisse uma palavra injuriosa ou perturbadora ao outro, lançava-se imediatamente por terra (cf. 2Mc 10,4), beijava o pé do irmão ofendido e humildemente pedia perdão. O santo pai ficava exultante com essas coisas, quando ouvia que seus filhos tiravam exemplos de santidade de si mesmos e cumulava de bênçãos dignas de toda a aceitação (cf. 1Tm 1,15) os frades que, por palavras ou por obras (cf. Cl 3,17), induziam os pecadores ao amor de Cristo; pois, estando ele próprio perfeitamente repleto de zelo (cf. At 5,17) pelas almas, queria que seus filhos fossem verdadeiramen­te semelhantes a ele.

Fonte:
Confraria de São João Batista

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